Em debate, poluentes químicos perigosos
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Letícia (E): rumo à sustentabilidade
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“O Brasil avança para atingir padrões mais eficientes e sustentáveis de produção e utilização de produtos químicos”, disse a diretora de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Letícia Carvalho. Ela fez essa declaração na abertura do 35° Simpósio Internacional de Poluentes Orgânicos Persistentes e Halogenados (Dioxin 2015).
Os produtos químicos são parte do nosso cotidiano e tornam a vida de milhões de pessoas mais produtiva e confortável, mas exigem cuidados, avalia Letícia Carvalho. Alguns resíduos químicos se acumulam no tecido adiposo dos seres humanos e dos animais e têm impactos nocivos para a saúde humana e o ambiente.
Podem ser incluídas nesta categoria oito pesticidas (aldrina, clordano, DDT, dieldrina, endrina, heptacloro, mirex e toxafeno), dois químicos industriais (PCBs e hexaclorobenzeno, este também usado como pesticida) e dois subprodutos involuntários de processos industriais de combustão (dioxinas e furanos), entre outros listados, posteriormente, nos anexos da Convenção de Estocolmo.
PERSISTENTES
O problema é global e levou à criação da Convenção de Estocolmo, tratado internacional com a finalidade de gerenciar e eliminar os Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), considerados os mais perigosos compostos produzidos pelo homem. São chamados de orgânicos persistentes devido à capacidade de ficarem no meio ambiente por períodos extremamente longos. Os POPs transitam pelo planeta por meio da água, ar e pela contaminação do solo.
O Brasil está cada vez mais atuante na gestão de resíduos químicos perigosos. É signatário das quatro convenções internacionais de químicos e o governo tem se empenhado na implantação de medidas que minimizem os efeitos adversos desses produtos à saúde humana e ao meio ambiente. A indústria brasileira está se mobilizando para incorporar os cuidados necessários à sua produção.
PLANO E INVENTÁRIO
O Brasil sedia o simpósio internacional pela primeira vez. Cientistas de todo o mundo estarão reunidos em São Paulo até sexta-feira (28/08) para debater as diversas questões em torno dos poluentes orgânicos persistentes, proporcionado um importante intercâmbio de informações.
O Brasil apresenta, durante o encontro, o Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo (NIP, sigla em inglês), o Inventário e Plano de Ação para Novos POPs, além do Inventário de Dioxinas e Furanos, documentos que foram formulados pelo Ministério do Meio Ambiente.
SAIBA MAIS
O Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo orienta as iniciativas públicas e privadas para a gestão e eliminação dos POPs para os próximos cinco anos. Foi formulado com a participação de grupos técnicos interinstitucionais, que incluíram órgãos federais e estaduais de meio ambiente, agricultura e saúde, além de entidades de classe, organizações não-governamentais, instituições científicas e da indústria.
O trabalho foi financiado pelo Global Environment Facility (GEF), com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) como agência implementadora e a contribuição da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), que é o Centro Regional da Convenção de Estocolmo para a América Latina e Caribe.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) – (61) 2028.1227
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