quinta-feira, 15 de maio de 2008

15/05/2008 - 15h48
Minc diz ter sido intimado a aceitar cargo e defende Jorge Viana para chefia do PAS


da Folha Online

O novo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta quinta-feira que foi intimado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), a aceitar o cargo no governo federal.

"O presidente falou comigo três vezes e o governador Sérgio Cabral quatro vezes e me colocaram como uma intimação. Realmente o meu interesse não era esse, eu tenho um mandato parlamentar, sou secretário do Rio, gosto do Rio, e tenho um compromisso [com o Estado]", disse Minc em entrevista à rádio BandNews FM, em Paris.

Minc disse ainda que vai sugerir ao presidente Lula que o coordenador-executivo local do PAS (Plano Amazônia Sustentável) seja o ex-governador do Acre Jorge Viana, que também foi cotado para assumir a vaga deixada por Marina Silva na pasta do Meio Ambiente.

No entanto, o ministro Mangabeira Unger (Secretário Especial de Assuntos Estratégicos) já havia sido nomeado para a chefia do PAS antes do pedido de demissão de Marina.

Ela teria, inclusive, ficado descontente com a nomeação --um dos motivos de sua saída.

"Ele [Viana] é um grande conhecedor da Amazônia, tem muita capacidade e é amigo da Marina.

Ninguém melhor do que Viana para a coordenadoria geral local [do PAS]."

O novo ministro disse ainda que o presidente Lula deu uma série de garantias dizendo que ele terá liberdade de ação e "carta verde" para montar sua equipe.

Minc ainda elogiou sua antecessora no cargo, Marina Silva. "Ela foi a melhor ministra do Meio Ambiente do Brasil, eu acompanhei, participei, eu conheço [a Marina] desde que ela era uma menina, desde a época de Chico Mendes."

quinta-feira, 1 de maio de 2008

A urgência do Ministério da Amazônia (Hélio Fernandes)

Presidente Lula, crie, urgente, o Ministério da Amazônia

Desde a Descoberta, o Brasil sempre teve problemas, grandes problemas. Mas também extraordinárias oportunidades, que não aproveitou. Os 1889 anos do Império foram atribulados, tumultuados mas também inteiramente desperdiçados. Veio a República, que destruindo a palavra e sem assimilar o que estava à vista antes mesmo da decodificação da linguagem, não foi a dos nossos sonhos.

(Não sou eu que digo, foi o grande Saldanha Marinho, diretor durante 29 anos do jornal diário "A República", que afirmou, no dia 3 de novembro de 1891. Discursando no Senado, recebeu papel de um assessor. Leu, e disse para os outros senadores: "Desculpem, não posso continuar, fui avisado de que serei preso, não quero fazer com que esperem, esta não é a República dos nossos sonhos").
Não foi nunca.

Nos últimos 230 anos, o mundo viveu três grandes e históricos momentos. A REPÚBLICA, a INDEPENDÊNCIA e a ABOLIÇÃO. Não obrigatoriamente nessa ordem. Pois o Brasil deixou passar tudo, não conquistou a INDEPENDÊNCIA (ficou apenas com a DÍVIDA que Portugal tinha com a Inglaterra, que nós pagamos até hoje), a REPÚBLICA (um fracasso permanente), a ABOLIÇÃO (uma violência e uma inexistência).

Não quero contar a História do Brasil e do mundo. Mas quero como última homenagem a esta NAÇÃO extraordinária insistir para que não desperdicemos a quarta grande oportunidade: A CONQUISTA, A POSSE E A UTILIZAÇÃO DA AMAZÔNIA.

Para isso, é imprescindível que a Amazônia tenha um ministério que cuide de sua existência, de sua riqueza, da sua formidável posse de minérios, os mais raros, os mais caros e os mais explorados, não por nós e não pelos índios. Qual é a dificuldade de criar um ministério i-m-p-o-r-t-a-n-t-í-s-s-i-m-o como esse, num País que tem 37? Bastariam 6 ou 7.

Por que na Amazônia todos falam, todos disputam, todos se dizem proprietários da PROVÍNCIA MINERAL? Nem precisa resposta ou explicação, é porque na Amazônia se concentram minérios que não são encontrados no resto do mundo. Não basta um general comandando a Amazônia, é preciso um ministro que ADMINISTRE A AMAZÔNIA. Se for um general que conhece a fundo o território, suas riquezas e seus exploradores, que maravilha viver.

Junto com a criação do Ministério da Amazônia, presidente, mande fazer uma investigação interna para apurar o seguinte: POR QUE DIPLOMATAS BRASILEIROS, SERVINDO NA ONU, FICARAM EM SILÊNCIO QUANDO ESSE ÓRGÃO INÚTIL APROVAVA A CRIAÇÃO DE 211 NAÇÕES NO BRASIL? O senhor mesmo disse, presidente: "Proteger os índios é obrigação, eu mesmo concordo. Mas Nação só existe um UMA, QUE É A NAÇÃO BRASILEIRA".

A chamada NAÇÃO IANOMÂMI é uma farsa, uma fraude, não existe, não é encontrada por qualquer pesquisador, por mais experiente e profundo que seja. Pois esses IANOMÂMIS (quem? Onde? Quando? De que tamanho? Em que quantidade? Como vivem?) ganharam quilômetros e quilômetros de terras que são ditas CONTÍNUAS. Nessas terras cabem os mais diversos países da Europa, com a maior tranqüilidade, vivendo da riqueza que é N-O-S-S-A.

Assim como o petróleo, presidente, o senhor entrará para a história se INCORPORAR A AMAZÔNIA À NAÇÃO BRASILEIRA. O ministro da Amazônia não precisa ser um civil, e o senhor não tem que nomeá-lo simplesmente como chefe do governo.

Pela Constituição, o senhor é o comandante em chefe das Forças Armadas. Então não tem que procurar alguém para ser o primeiro a ocupar esse cargo. Basta agir como comandante das Forças Armadas, chamar um general de 4 Estrelas, e ordenar: "A partir deste momento o senhor passa a ser ministro da Amazônia, é uma ordem e não um convite". O general fará continência e ocupará o cargo, em nome da hierarquia. E o senhor mais forte e respeitado do que nunca, entre os civis, os militares e a História.

PS - Como o meu único interesse há 60 anos é o da NAÇÃO Brasil, não quero nada, não tenho dúvida em dizer: a melhor indicação é a do general Augusto Heleno. Mas o senhor é que decide. Mas se decidir assim, verá que dividendos patrióticos receberá.

PS 2 - Em suma: não há suma. O País caminha para Lula não apenas por admiração a ele, mas por total rejeição a Serra. Votar em Serra é ameaçar a segurança, a unidade, a credibilidade, a autenticidade e a propriedade do patrimônio nacional.

Fonte: Tribuna da Imprensa